6.26.2010

Gaúchos e a seleção

Nós gaúchos somos realmente um povo muito estranho. Enchemos o peito para dizer que somos diferentes, sendo que não há nada mais igual do que querer ser diferente. Cantamos o hino riograndense, desrespeitamos o hino nacional. Torcemos somente pelos gaúchos, exceto o Dunga, que é de outro planeta. Bebemos chimarrão como se fosse nosso, não argentino nem uruguaio. Achamos que somos politizados, independentes, que o Brasil não existe som o trabalho dos gaúchos, diferentes, temos opinião, enfim, um povo perfeito. NADA.

Se não vejamos, 8 mil pessoas em frente ao telão no centro no dia de estreia do Brasil. 10 mil depois, bares lotados, torcida vibrante... Mas os gaúchos não eram aqueles que não davam a mínima para seleção???

A torcida somente por nativos do RS muito me espanta, uma vez que Inter e Grêmio pouco os tem.

O hino riograndense é uma falácia, a semana farroupilha é outra. Se "fantasiar" de gaúcho, sair de cavalo largando merda na cidade, falar com E e R propositadamente, declamar poesias camperas, nada disso reflete personalidade, uma vez que não se faz com frequência.

Então, povo de minha terra, somos iguais a todos, não somos argentinos, nem uruguaios, somos brasileiros, e pelo Brasil que teríamos que torcer... Mas não pelo Dunga, porque ele é de outro planeta.

Um comentário:

Yod Samec disse...

O que tem a ver torcer pela seleção com negar a própria identidade? Por que temos que ser iguais a todo mundo se somos diferentes até entre nós? Por que o hino riograndense é uma falácia? Seria o hino brasileiro outra, o francês, o alemão, o belga etc, idem? Fácil fazer afirmações gratuitas e intelectualóides, ou pseudo-intelectuais. Vai o comentário neste post, mas vale para as outras postagens que li: que blog mais babaca! Fui! pra não perder mais tempo.